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Alto mar

palavrasbrutas


O vento é raro nesse navio mofado.

Necessitamos do gosto diário da morte,

para sentirmos o desgosto incerto da vida.

Este navio negreiro se tornou cinza.

Esse calor despejado num drink gelado de angústia.

Dentre tantos outros drinks, o navio se tornou mar.

O que transcende é o que se faz afogar.

Mas como sobreviver nessas ondas turbulentas?

Em qual bote devemos confiar?

E até mesmo em épocas tranquilas,

são tranquilas por assim acreditar?

O barco cruzado se foi!

O bote do amor foi logo atrás!

Vejo um navio cinzento,

Dividido em classes, em dúvidas.

Controlado pela raiva.

Combustíveis contraditórios o fazem cambalear.

Num ziguezague, perdido num intenso mar.

Cá estou sem chão em auto-acalmar!

Nadando de braçadas para não me afogar!


 

Caio Resende


Apenas

um

homem

cansado

à

procura

de

abrigo.



 

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