O vento é raro nesse navio mofado.
Necessitamos do gosto diário da morte,
para sentirmos o desgosto incerto da vida.
Este navio negreiro se tornou cinza.
Esse calor despejado num drink gelado de angústia.
Dentre tantos outros drinks, o navio se tornou mar.
O que transcende é o que se faz afogar.
Mas como sobreviver nessas ondas turbulentas?
Em qual bote devemos confiar?
E até mesmo em épocas tranquilas,
são tranquilas por assim acreditar?
O barco cruzado se foi!
O bote do amor foi logo atrás!
Vejo um navio cinzento,
Dividido em classes, em dúvidas.
Controlado pela raiva.
Combustíveis contraditórios o fazem cambalear.
Num ziguezague, perdido num intenso mar.
Cá estou sem chão em auto-acalmar!
Nadando de braçadas para não me afogar!
Caio Resende
Apenas
um
homem
cansado
à
procura
de
abrigo.
Considere se tornar um apoiador desse projeto. Fazendo um Pix para: edvaldorocker@hotmail.com (Edvaldo Ferreira Viana) criador do blog. Com a sua colaboração, podemos dar continuidade com o projeto e remunerar os autores mesmo que de forma pequena, incentivando os artistas a continuarem produzindo suas obras. E considere nos seguir no instagram @palavrasbrutas.
Comments