"Deixe o cabelo crescer e deixe-os saber, que os sonhadores ainda estão vivos" uma tradução livre de uma música que gosto muito, e que me bate sempre quando nas mesas de bate papo eu digo que todo mundo deveria deixar o cabelo o cabelo crescer e depois raspar a cabeça. É como isso é libertador. E de fato é.
Desde a primeira vez que escrevi assim, achei que seria a última. Mas parece uma boa maneira de escrever o que não necessariamente seria um conto, mas onde eu trago de forma direta o que se passa na minha mente no instante.
Eu gosto dessa ideia de não me pressionar pra escrever, tive esse medo a um tempo atrás de ser só um devaneio juvenil e que logo passaria. Mas aquela urgência e agonia que me levam a escrever voltam e chegam fortes, fazendo com que vomite algumas linhas até que respire fundo e sinta o alívio.
Tenho pensado muito nas vezes que não fui poupado. E como poupei as pessoas de determinadas questões, e como isso de certa forma foi devastador. Me sentia nú e só queria um conforto, mais com toda a seriedade que me envolvi não me permitia isso, salvo raras exceções.
Todo esse entorno, me diz muito de como toco a vida com seriedade e muita vontade de fazer as coisas que me fazem bem, mas como um ser humano comum me pego envolto em questões mal resolvidas que preciso aceitar que não terão uma resolução satisfatória. O que é irônico porquê adoro obras que não me dão respostas claras, enfim a hipocrisia.
Qual e o próximo passo? Pergunta que me faço cotidianamente. Voltar a vida. Mas como? Se tudo que vejo me lembra momentos dos quais já não queria lembrar, e só beijar as bocas já não me parece o suficiente. Ouvi o termo Demi sexual e me assustei como isso porque era o que já vivia a anos. A transa era boa, o beijo era bom, mas me sentia mal depois porque não sentia a conexão e após isso me recolho em busca de algo que seja real, que não me faça pensar em mais nada além do próprio momento. O que me volta a seriedade que enxergo a vida, será que estou em busca de algo que não está realmente lá?
E são essas questões que me tirar o sono a noite.
Edvaldo Ferreira
Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música. Futuro agitador cultural.
Considere se tornar um apoiador desse projeto. Fazendo um Pix para: edvaldorocker@hotmail.com (Edvaldo Ferreira Viana) criador do blog.
Com a sua colaboração, podemos dar continuidade com o projeto e remunerar os autores mesmo que de forma pequena, incentivando os artistas a continuarem produzindo suas obras.
E considere nos seguir no instagram @palavrasbrutas.
Comments