As vezes me sinto
Flutuando no ar
Me vendo do chão
Ou um filme noir
Eu busco um respiro
Pra dentro do espírito
Buscando no vício
Sair do meu caos
Eu queria às vezes
Só a vezes
Ser outra pessoa
Com outras pessoas
Deixando meu eu
Abandonando o cordão umbilical
Que me prende, me trava
De chegar no tal apogeu
As vezes eu penso
Que eu não sou eu
Que sou só um software
Que o sistema perdeu
Queria uma passagem que me tragasse
Pra dentro
Dentro do que?
No momento não penso
Projeção astral
Eu vejo meu eu
Flutuando no ar
Mais perto de Deus
Às vezes no chuveiro
Me vem as ideias
Que o mundo que vejo
Não me olha de volta
Eu sinto a revolta
As vezes eu penso
Não tenho o espaço
Ou só luto por nada
Me vejo no ar
Como um filme noir
Somente a pensar
Como vai começar
A próxima rima.
Edvaldo Ferreira
Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música.
Futuro agitador cultural.
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