Será que Deus ainda olha por você? Por mim?
Penso em todas as vezes que a dor e o ódio tomavam conta de uma mente que só deveria se preocupar com o próximo pokémon que iria ser.
Retratos reais com pintas de arte abstrata, conjecturar sobre como seria a paz pra uma mente turbulenta. Um dia queria ter coragem de pedir desculpas por ter substituído a cachaça por urina, mas não pelo ato, mas sim por ver um homem desolado e chorando. Um homem que não nutria respeito ou aprendizado, nada de bom habitava ali.
Somente o remorso! E uma faca escondida em minhas mãos que depois foi retirada por um anjo.
O dia em que olhei nos seus olhos mortos, acompanhado de outros olhos que foram mortos. Aquilo foi demais pra mim.
Entre os 30 dias antes da sua retirada, aquilo se tornou um inferno, um peso do qual mal esperava para me livrar. Perdi minha fé. Que somente foi recuperada depois de uma confissão evangelizada numa fila de mercado.
Não existe o céu para uma mente em tortura, tudo incomoda. E como se a casca que veste não te servisse.
Por que todas essas pedras? A dor era tão grande que cinco segundos de prazer simbolizavam o paraíso.
Hoje minha mente se sente torturada e exausta de tudo. Um campo de batalha onde só existem mortos e nenhuma previsão de aquilo passar.
O amarelo do meu dente é cigarro, o coração que me bate não é meu!
Pelo caminho das pedras, com as pedras e se possível nunca pelas pedras.
Confesso que vendo o que me tornei hoje, sou grato.
Em minhas veias corre sangue sujo, em minha alma a vontade de subverter essa corrente.
Eu sou um homem frágil, me orgulho disso. Mas confesso que chorei quando fui chamado de fraco.
Não existe moral nessa história, só espero mergulhar na pureza e não contaminar a água da vida.
Edvaldo Ferreira
Criador do Palavras Brutas, escritor amador de ocasião, sem formação acadêmica, em busca de entender o que sinto através da palavras, ou se não, em busca da jornada constante de autoconhecimento e afeto próprio. Fascinado com cinema e música. Futuro agitador cultural.
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